16 de set. de 2008

A Fundaçao cientifica do racismo


Chama-se, ainda hoje, raça caucasiana, a minoria branca que ocupa o vertice das hierarquias humanas.
Foi batizada assim em 1775 por Johann Friedrich Blumenbach.
Este zoologo acreditava que o Caucaso fosse o berço da humanidade, e que de là proviessem a inteligencia e a beleza. Ainda hoje se continua a usar o termo, apesar de todas as provas contrarias.
Blumenbach tinha reunido duzentos e quarenta e cinco cranios que fundaram o direito dos europeus de humilharem os outros.
A humanidade formava uma piramide de cinco andares.
Em cima, os brancos.
A pureza original tinha sido danificada, nos andares de baixo, pelas raças de pele suja:
os nativos australianos, os indios americanos, os amarelos asiaticos. E embaixo de todos, deformados dentro e fora, haviam os negros africanos.
A Ciencia sempre colocou os negros no porao.
Em 1863, a Sociedade Antropologica de Londres chegou à conclusao segundo a qual os negros eram intelectualmente inferiores aos brancos, e que sò os europeus tinham a capacidade de lhes "humanizar" e "civilizar". A Europa consagrou suas melhores energias à esta nobre missao mas nao teve sorte.
Quase um seculo e meio depois, no ano 2007, o estadunidense James Watson, Premio Nobel de Medicina, afirmou que é cientificamente provado que os negros continuam a ser menos inteligentes que os brancos.

Do livro "Specchi - La vera storia del mondo" de Eduardo Galeano

Um comentário:

Véscio Lisboa disse...

o blog está lindo
como tudo q faz
parabéns
vamos nos encontrar muito mais
grande abraço.